A titulo de informação e prestação de serviço, com a intenção de alertar sobre a importância dos pólipos colorretais e sua relação com câncer – entre os 3 mais freqüentes em todo o mundo, foi elaborado um texto informativo e uma sugestão de roteiro para acompanhamento de pacientes apos polipectomias.
Sobre os pólipos colorretais:
- São neoplasias geralmente benignas e assintomáticos, diagnosticados durante uma colonoscopia. Costumam ser ressecados por polipectomia endoscópica com mínima morbidade.
- Os adenomas diferenciam-se em tubulares, tubulo-vilosos e vilosos. Apresentam risco para malignização, por isso são considerados lesões pré-malignas.
- Pólipos grandes (maiores que 1 cm), com displasia de alto grau, lesões múltiplas, tipo histológico (pólipos vilosos têm maior risco que os tubulares) e pólipos planos ou sésseis apresentam maior risco que aqueles pediculados. Esse risco pode chegar a mais de 25% de malignização
- A detecção e ressecção dos adenomas por colonoscopia previne a maioria das neoplasias colorretais. A polipectomia seguida por vigilância colonoscópica reduz a incidência de cancer colorretal em até 90%, com redução da mortalidade para próximo de zero para este tipo de neoplasia.
- A colonoscopia é o melhor exame para o diagnóstico e seguimento pós polipectomia, sendo superior aos exames radiológicos (enema baritado e colonoscopia virtual), apesar de ainda haver uma pequena chance de não se reconhecer alguns pólipos, especialmente aqueles menores que 5 mm. Por isso é importante realizar o exame em condições ideais de preparo de cólon com especialistas treinados e experientes.
- Pólipos adenomatosos são encontrados em cerca de um terço das pessoas com 50 anos ou mais e sua incidência aumenta com a idade, mas apenas 5% destas desenvolvem cancer colorretal. Não é possível, no entanto, identificar quais são esses pacientes.
- Os pólipos diagnosticados devem ser ressecados. Todos os pacientes que tiverem ressecados um ou mais pólipos adenomatosos colorretais devem ser acompanhados pela colonoscopia devido à possibilidade de novos adenomas. Não há consenso, no entanto, quanto ao intervalo dos exames. Após avaliação dos protocolos de acompanhamento da Sociedade Americana de Endoscopia Gastrointestinal, Sociedade Brasileira de Coloproctologia, Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino, Sociedade Brasileira de Endoscopia, elaboramos e sugerimos o seguinte esquema, desde que a colonoscopia seja completa até o ceco, com colon limpo e sob inspeção cuidadosa:
Pacientes com pólipos adenomatosos de alto risco para malignização ou com antecedentes familiares de neoplasia colorretal podem receber vigilância colonoscópica mais freqüente.
Fontes: Sociedade Americana de Endoscopia Gastrointestinal, Sociedade Brasileira de Coloproctologia, Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino, Sociedade Brasileira de Endoscopia, Sociedade Americana de Câncer, www.fleury.com.br.
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