quinta-feira, 30 de julho de 2009

Incontinência Fecal - avaliação fisiológica

Manometria anorretal, testes de condução nervosa, defecografia, eletroneuromiografia são exames de alto valor para o diagnóstico da causa da incontinência. São necessários à medida que demonstram a capacidade de contração do esfíncter anal, a transmissão nervosa para os músculos da continência e permitem enxergar a contração da musculatura pélvica no momento da evacuação.

O tratamento para a incontinência depende do diagnóstico e deve ser individualizado. Cada uma das causas de incontinência pode se beneficiar com um tipo de tratamento: clínico, com medicações, com biofeedback e cirurgia.


O tratamento clínico inclui medicações e algumas medidas para reduzir a freqüência da incontinência e alterar a consistência das fezes, levando a controle mais adequado. Eventualmente lavagens intestinais podem ser orientadas a alguns pacientes, principalmente em situações onde o risco de constrangimento pela perda fecal é maior (viagens ou eventos sociais). Algumas vezes é necessário incluir a psicoterapia para melhores resultados.

Já o biofeedback é um tipo de fisioterapia para a musculatura da defecação, segura e não invasiva, que faz um re-treinamento da musculatura retal e pélvica. Utiliza sensores ligados a um computador, e mostra na tela qual o tipo de movimento mais adequado para a continência anal, o que ajuda a identificar e contrair os músculos adequados. Pode melhorar a continência em até 90% das vezes, e até curá-la, dependendo da causa. Os efeitos benéficos desse treinamento podem começar a se perder após alguns meses, e uma nova sessão pode ser necessária.

Alguns poucos pacientes podem ser beneficiados com cirurgia, através de várias técnicas cirúrgicas diferentes, incluindo reparo direto da musculatura, reforço das estruturas anais, implante de esfíncteres artificiais, transposição de músculos de outras áreas e até

colostomias em casos extremos. Apesar de bons resultados, quando bem indicados, os tratamentos cirúrgicos da incontinência anal podem ter um índice alto de complicações e resultados imprevisíveis. Os melhores resultados cirúrgicos são obtidos em correção de

defeitos musculares específicos.

Para que se tenha os melhores resultados possíveis, associa-se técnicas de tratamento clínico, psicológico, fisioterápico e cirúrgico.


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